Ouve,
atentamente, Ó Israel, preste atenção, abre totalmente sua percepção,
silenciando completamente a mente, medite sobre o que estiver pronunciando,
interiorize e absorva a mensagem de tal forma que se torne parte de sua
essência... D'us é Um e é Único, e Ele é o nosso D'us. Este versículo que se inicia uma
das mais antiga e importante oração do judaísmo, o Shemá, é a nossa declaração
de fé. A crença na Unidade e Unicidade de D'us é a lealdade eterna de Israel
para com D'us. Shemá Israel foi o que o patriarca Yaakov ouviu dos filhos em
seu leito de morte. >>Continue Lendo »
Foram as palavras usadas por Moisés para se dirigir aos judeus em seu último discurso, no deserto. É a primeira oração que a mãe ensina ao seu filho; são as últimas palavras pronunciadas por um judeu antes da morte.
O Shemá Israel é uma experiência
inigualável. Com as palavras do Shemá nos lábios, muitos judeus enfrentaram as
fogueiras da inquisição e as câmaras de gás durante a segunda guerra mundial.
A força desse versículo é tamanha
que, mesmo se um judeu estiver isolado e todos os traços de identidade judaica
forem apagados, o Shemá não o abandonará, permanecendo na memória e o mantendo
ciente de sua identidade como judeu. Ao ser evocado, algo ocorre no
subconsciente e o indivíduo se aproxima de seu povo e de sua fé ancestral.
O Midrash nos ensina que no
Sinai, além dos 2 milhões de hebreus que havia saído do Egito, todas as almas
judias, incluindo as futuras gerações, ouviram a Voz Divina declarar: "Eu Sou Adonai, seu D'us".
Todos fizeram parte da aliança eterna entre D'us e Israel. Estes acontecimentos
extraordinários estão gravados nas almas de toda Israel para a eternidade.
Considerando o objetivo mais
simples do Shemá, a oração implica afirmações fundamentais para a nossa fé:
D'us existe, é Um e Único, não tem corpo, está além do tempo, e devemos dirigir
nossas orações exclusivamente a Ele. Exorta-nos também, a estudar Sua Palavra,
a Torá, e ensiná-la às futuras gerações.
A mezuzá, o tefilin - que contém
as palavras do Shemá - e os tsitsit são "sinais" físicos que servem
como lembrete de nossa Aliança e de nossas responsabilidades.
A Torá ordena que o Shemá seja
recitado duas vezes por dia. Nossos sábios recomendam que o Shemá seja lido "em qualquer língua que a pessoa
entenda", pois é essencial que a mensagem seja compreendida. Para
ajudar na concentração, ao recitar o primeiro versículo, cobrem-se os olhos com
a mão, pois é a oração no qual existe a obrigatoriedade de Kavaná -
concentração, devoção interna.
"Shemá Israel YHVH Elokeinu". No texto da Torá, o
primeiro Nome que aparece é o tetragrama à cuja pronuncia perdemos o direito
após a queda do segundo Templo. Na época do Templo, só era pronunciado pelo
Cohen Gadol (Sumo Sacerdote), em Yom Kipur. Atualmente, é lido como se fosse
escrito Adonai, quando usado liturgicamente. Em outras ocasiões usa-se o termo
HaShem (que significa literalmente O Nome)
Na Torá, Adonai é o Nome de D'us
utilizado quando Seus atos revelam amor, a compaixão e a misericórdia que Ele
mostra para com Suas criaturas. É o Nome usado em sua relação com os Filhos de
Israel.
Elohim (D'us), também usado,
revela Seu aspecto de Justiça e Lei. Na invocação final, declaramos "YHVH
Echad", ou seja, D'us é Único.
ISRAEL COMO TESTEMUNHA
No primeiro versículo do Shemá
declaramos não somente em que acreditamos, mas por que acreditamos. No Sinai,
Moisés convocou todo Israel para ouvir a proclamação da Unidade Divina. Após
presenciar os eventos milagrosos do Êxodo e da Revelação do Sinai, não existia
lugar para dúvidas entre os hebreus no deserto. As gerações vindouras passaram
a depender do testemunho transmitido de pai para filho para que o legado fosse
mantido vivo. Por isso, a afirmação da Unidade Divina não é individual. Cada
judeu é visto como um elo na corrente da eternidade.
Ao recitar o Shemá, passa a
integrar Israel, torna-se parte da corrente milenar de fé e lealdade em relação
ao D'us de nossos pais. Testemunha perante toda Israel que D'us é UM, é o D'us
de toda a humanidade e que Ele é a testemunha viva desta verdade absoluta.
Este conceito de que o povo judeu
é testemunha é transmitido tradicionalmente pelos escribas de forma especial: o
ain na palavra Shemá e o dalet da palavra Echad tem um tamanho
maior do que as outras letras que compõe o versículo, e ao serem combinadas,
formam em hebraico a palavra ED, testemunha.
EL MELECHE EMAN
ResponderExcluirBENDITO SEJA ISRAEL DE DEUS.
ResponderExcluirBENFITO ETERNAMENTE SEJA ADONAI DE ISRAEL.